Educação

Estudantes cegos de Feira de Santana contam com aulas de braille no Centro de Educação Inclusiva

No Centro Municipal Integrado de Educação Inclusiva Colbert Martins da Silva, estudantes cegos da Educação Municipal contam com aulas de braille. O ensino é oferecido a crianças e jovens com o objetivo de alcançar ou melhorar a alfabetização, além de estimular o desenvolvimento e autonomia destes alunos. 

O braille é um sistema de escrita e leitura tátil para as pessoas cegas inventado pelo francês Louis Braille. O sistema tem seis pontos em relevo, dispostos na vertical em duas colunas de três pontos cada. A diferente disposição desses seis pontos permite a formação de 63 combinações ou símbolos para escrita em geral.

A professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para estudantes com deficiência visual, Raquel Malheiros, explica como funciona o processo de aprendizagem.

“No primeiro momento, vamos conhecer o nosso estudante e saber o que ele traz de bagagem de conhecimentos e vivências. Depois, vamos trabalhar com o que é necessário para o seu desenvolvimento, como os pré-requisitos essenciais básicos para a alfabetização e alguns conceitos como posição e direção, visto que a leitura é tátil e as letras são formadas a partir de diferentes combinações de pontos.”

Durante as aulas, são utilizados diversos recursos como papel apropriado, máquina de datilografia especial, reglete que é uma régua para deficientes visuais escreverem em braille, punção que permite marcar os pontos da escrita Braille em relevo no papel, além de recursos didáticos específicos que trabalham o uso do tato pelos estudantes.  

A pedagoga destaca ainda que o sistema Braille é a garantia da educação do aluno cego. “Aprendê-lo dá ao estudante o direito à educação, que é um direito de todos, igualando as oportunidades de adquirir a escolarização e conquistar um espaço no mercado de trabalho”, pontua. 

Para Rosa Fonseca, mãe de Renata Vitória Fonseca, estudante cega, o acompanhamento no Centro é essencial para a evolução da filha. “Ela aprende muita coisa aqui. Não enxerga, mas ouve e tudo que a professora ensina, ela faz. É muito bom acompanhar o desenvolvimento dela”, conta.

Fonte: SECOM/PMFS

Foto: Milena Brandão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *