Economia

Prefeitura de Feira remaneja R$ 12 milhões de investimentos previstos para a zona rural

Através de remanejamentos orçamentários, a Prefeitura de Feira de Santana já retirou, neste ano, cerca de R$ 12 milhões da Secretaria Municipal de Agricultura para alocar em outras pastas. Segundo vereadores que debateram o assunto na sessão de hoje (7), a medida  desfalca investimentos nas áreas de assistência ao produtor rural, recursos hídricos para o campo, manutenção de mercados e feiras livres e outros setores da zona rural. Para Professor Ivamberg (PT), a retirada da verba demonstra que o prefeito “não respeita e nem reconhece a importância da zona rural”, diferentemente da Câmara, que ampliou o orçamento destinado à Secretaria de Agricultura de R$ 7 milhões para R$  41 milhões.

Um dos pontos mais preocupantes dos remanejamentos, na visão de Jhonatas Monteiro (PSOL), é a retirada dos R$ 800 mil que seriam destinados à manutenção das feiras livres. Com um relatório que aponta a “situação de abandono e falta de dignidade” de grande parte dessas feiras, elaborado por sua equipe, o vereador destaca o estado da Praça do Tropeiro. Ainda que seja localizado no centro da cidade, o equipamento encontra-se em “situação vexatória”. Segundo ele, falta sensibilidade “neste grupo político que está há mais de 20 anos no poder”.  É “injustificável”, ele diz, “que façam uma alteração deste caráter”.

Na opinião de Sílvio Dias (PT), a retirada dos R$ 12 milhões é uma “resposta do prefeito à última eleição municipal”, cujo resultado na zona rural não foi favorável à Colbert Martins. Segundo o parlamentar,  a maior parte dos recursos que permaneceram na Secretaria de Agricultura será investida nos festejos juninos que serão realizados no Parque de Exposições: “Além de retirar dinheiro, o prefeito vai gastar o que sobra em festa”.

Toda a situação é muito preocupante, opina o vereador Jurandy Carvalho (PL). Natural e residente da zona rural de Feira de Santana, ele não concorda com a retirada dos recursos: “vou para a linha de discussão para debater e resolver o problema”. Para Luiz da Feira (Avante), a medida adotada pela Prefeitura diverge da proposta de campanha de Colbert Martins, que, ao concorrer nas eleições de 2020, prometeu reformar 50 mil casas localizadas nos distritos feirenses e até agora “não cumpriu”.

Fonte:  Felipe Saraiva/Ascom-CVFS

Foto: Divulgação/ Ascom-CVFS

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