Serviço Social

Espaço de afeto e escuta, oficina de Artesanato acolhe familiares de estudantes com deficiência

Enquanto aguardam os estudantes acompanhamentos no Centro Municipal Integrado de Educação Inclusiva Colbert Martins da Silva, mãe ou responsáveis agora podem dedicar o tempo de espera à Oficina de Artesanato, que tem se tornado mais do que um espaço de criação manual, mas um refúgio de afeto e acolhimento.

“O projeto surge da necessidade de dar visibilidade, principalmente às mães, que é o público mais latente aqui no centro, enquanto elas esperam esse atendimento especializado. Então, tenta-se criar um espaço de sociabilidade, de trocas afetivas entre elas, porque elas têm experiências muito parecidas, vivências parecidas e o fio condutor é esse de fazer a arte, de uma forma leve e simples”, explica a professora de artes da rede municipal e monitora da oficina, Rita Cassiana de Oliveira. 

Desde que foi iniciada, há menos de um mês, a oficina já recebeu mais de 50 mães. É um lugar onde se sentem compreendidas e encontram apoio mútuo para enfrentar os desafios da maternidade e da vida. Toda semana dona Denilza da Silva acompanha a filha Isabelle dos Santos, 7 anos, nos atendimentos. Entre o recorte dos retalhos e colagens, ela conversa, se diverte e se distrai. 

“É como se fosse uma terapia, né? No momento que a gente está esperando atendimento, a gente pode relaxar, esvaziar a mente um pouquinho, porque a mente da gente anda tão cansada, tão estressada do dia a dia. Aqui a gente desestressa, se acalma, é tudo de bom”, conta. 

Durante 45 minutos, as mães contam com uma válvula de escape criativa e um espaço de conexão com outras mulheres. Para Cleidineia da Silva, o espaço dedicado para troca de experiências, fortalecimento de laços e apoio mútuo é fundamental para as mães. “Da mesma forma que nossos filhos estão sendo acolhidos, a gente também precisa de um momento assim. Poder conversar com outras mães, poder dividir o que cada uma passa é muito importante. Me sinto muito bem aqui”, pontua. 

A diretora do Centro de Educação Inclusiva, Isabella Carvalho, reforça a necessidade de oferecer apoio e acolhimento às mães de crianças com deficiência.

“É uma jornada emocionalmente desafiadora para as mães lidarem com as necessidades específicas de seus filhos enquanto equilibram outras responsabilidades familiares e pessoais e a oficina veio como um momento de autocuidado, autoconhecimento e empoderamento, além de ser uma oportunidade para uma renda extra, visto que muitas não trabalham porque dedicam-se integralmente aos filhos”, destaca.

Fonte: SECOM/PMFS

Foto: Milena Brandão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *